Diálogos Interdisciplinares - Cinemas que revelam, cinemas que apagam

Os cinemas em condição periférica têm um lugar de destaque nos Estudos Culturais. Por um lado, na dimensão extrafílmica, essas pequenas cinematografias requisitam um entendimento do cenário político e econômico em que são produzidas – ou tentam ser –; das hegemonias midiáticas; das cadeias produtivas de criação, distribuição e exibição. Por outro lado, na dimensão interna da obra de arte, revelam identidades negociadas ou impostas, resistência cultural, aculturações, afetos e contradições, maneiras de efetivamente existir ou deixar de existir no mundo através da materialidade audiovisual. Esse olhar constante para o não-hegemônico vem sendo responsável, ao longo das últimas décadas, por conceitos como cinema com sotaque, cinema diaspórico, de exílio, de bordas, de brodagem, entre tantos outros, que, guardadas suas especificidades, falam todos sobre a experiência de exercer o ato de filmar em lugares sociais ou geográficos bem diferentes daqueles que o senso comum sobre o cinema comercial.

Convidado: Sérgio Ricardo Soares

Docente do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Tocantins e do Programa de Pós-graduação em Comunicação e Sociedade - PPGCOM\UFT. Jornalista, mestre em Letras pela UFPE e doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade da Beira Interior - Covilhã/Portugal. Membro do Grupo de Pesquisa em Jornalismo e Multimídia - Nepjor / UFT e do grupo Artes e Humanidades do LabCom.IFP / Universidade da Beira Interior.

Debatedores: Viviane Mendonça e Geraldo Souza (PPGECH)